uma saudade imensa me veio, aquela que tem o teu nome e me faz
revirar palavras, rever tuas letras e buscar-te no meio ao que o tempo chama de passado. ao meu redor tudo permanece distante e estranho como se algo ou eu propria nao estivesse no lugar certo. os objectos, os moveis, a casa enfim nao me reconhecem. eu tampouco a eles. olho cada lugar como se buscasse algum vestigio de mim... algo que denuncie qualquer cumplicidade e que me retire ainda que por instantes esta sensacao de inadequaçao que me é tao permanente . volto aos lugares de cada dia vivido e ao circundante azul que parece movimentar-se apenas porque nos 2 existimos. mesmo que nao ao alcançe das maos , podemo-nos tocar com uma intimidade jamais percebida e sentida. tambem por isso a inquietude, a estranheza e o assombro quotidiano porque é nas nossas diferenças que nos parecemos. contigo nao ha qualquer embaraço, ainda que fosse inevitavel o frio no estomago, o rubor repentino quando o encontro se da. e levas-me a lugares que nunca fui, ainda que meus pes nao se desloquem do chao. de repente, surpreends o meu passos e sabes de todos os meus destinos... vou notand, que a hora do meu almoço foi-se transformando na tua hora... percebo que quase todo o meu tempo passou a ser teu. ja nao ha como negar que os meus olhos se querem ver refletidos no espelho dos teus. permanece no meu rosto o mesmo encanto, o olhar cintilante da eterna descoberta, acariciando o despertar de todas as alvoradas quando acordas em minhas saudades.tolice dizer-te que o meu olhar nao te aguarda... cada vez que o telefone toca, é a tua voz que desejo ouvir. nao consigo disfarcar do peito a tua existencia em mim. nao aprendi a dissimular-te da minha memoria, quando a palavra felicidade procura o meu olhar. e sorrir é tao mais facil contigo...a alegria sempre esta ao alcance dos meus labios, porque me sabe pronunciada em teu coracao. lembro-me de qd me dizes que apesar d tudo o tudo de ti combinava com o tudo de mim. tu falas de sentimentos que a minha alma tanto reconhece. daí a afinidade e a sensaçao inequivoca de que inventamos um novo idioma, uma unica linguagem de afectos e ternuras.é em mim que a tua vida encontra todas as cores, que aprendeste a distinguir atravez do meu olhar. restam-me agora todas as paginas que nao podes escrever, esvoacando em letras de saudades e esperanças. resta-me esse amor em vigilia. restam-me as maos repletas de incansaveis esperas, enquanto o teu caminho reconhece-me como teu destino possivel...
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
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1 comentário:
Escreves muito bem miuda;)tens que escrever um livro,tu sabes prender uma pessoa ao que escreves,escreves com sentimento,escreves com coração,com a alma,continua a escrever:)
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